Temos uma missão claramente assumida: criar um mundo mais consciente, saudável e sustentável. Trabalhamos sobretudo a alimentação enquanto ferramenta para a mudança, pois é dela que depende boa parte do nosso impacto negativo no planeta.
Fazer escolhas alimentares mais sustentáveis já não pode ser apenas uma prática exclusiva de uma minoria. Infelizmente mergulhámos numa situação de emergência climática, que nos obriga a todos a assumir um papel mais activo na resolução do problema – sob pena de deixarmos de ter um planeta habitável para as gerações vindouras.
O nosso trabalho é acima de tudo inclusivo. Sabemos que a alimentação tem raízes muito profundas na cultura e nas tradições, na definição da nossa própria identidade e nas relações com os outros. Mexer com isso implica, em muitos casos, repensar hábitos há muito estabelecidos e desconstruir uma realidade que durante muito tempo nem sequer questionámos. Sabendo isso de experiência própria, queremos ajudar a traçar um caminho mais positivo, num processo de mudança progressiva – mas significativa.
Por onde começar?
O desperdício alimentar está na origem de 6% do total de emissões de gases com efeito de estufa à escala global. Deste número verdadeiramente assustador, a fatia mais significativa acontece mesmo em nossas casas – porque comprámos mais do que aquilo de que precisávamos, porque nos esquecemos daquela alface no fundo do frigorífico ou pura e simplesmente porque preparámos comida a mais e já não nos apeteceu comer.
Ao mesmo tempo que atacamos o problema do desperdício alimentar ao longo de toda a cadeia, é essencial olhar também para aquilo que comemos. Diferentes alimentos têm diferentes impactos. Ou seja, as escolhas que fazemos têm o poder de mudar radicalmente a nossa pegada de carbono.
Aqui é impossível não comparar alimentos de origem animal e de origem vegetal, sobretudo quando vemos que os primeiros estão no topo de todas as tabelas de emissões de gases com efeito de estufa. A mudança para uma alimentação de base vegetal é já um imperativo, que vai muito para lá das convicções éticas daqueles que acreditam que não há justificação para comermos animais.
Seja em casa, na restauração ou em qualquer outro contexto em que a comida tenha um papel central, acreditamos que é possível fazer a diferença. E queremos ajudar a acelerar esse processo. Vamos a isso?